terça-feira, 17 de janeiro de 2012

yet

Qual o real motivo do gosto, desse tanto querer, se nada me agrada. Me diverte, faz rir, mas me coloca de frente com o que ainda não descobri, não sei lidar nem sei como agir. Vou levando, disfarçando, recolocando as peças do quebra-cabeça de forma irregular pra ver se encaixa e, mesmo errado, encaixa. Não quero me limitar e também não quero me expor. Receio o que está acontecendo em meu coração, mas me conheço. Logo mudo de idéia, pinto de outra cor, ponho de lado, murcho e recomeço. Uma nova canção pra ficar na cabeça, uma nova gíria pra achar engraçado, uma nova mania de outrém pra eu reparar, novos detalhes pra eu sonhar, me estranhar de novo. Mas ando gostando ainda, querendo ver onde vai dar, apostando. Mesmo que não tenha nada a ver comigo, eu não tenho escolha. Tenho. Mas não quero me pressionar a escolher. Se o caminho for outro, mais pra frente eu vou saber, e então dou meia volta ou pego um atalho. Mas vou ser diferente dessa vez, comigo mesma, com meus princípios. Pra ver se dá samba. E se der, aviso.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Antídoto

Soube. No momento em que apostei, eu soube a verdade. Fui escutando as palavras alheias, elas podiam vir com um aviso antes "caution", pois me trouxeram a tona toda exatidão daquilo que eu só então imaginara. Mas imaginei só um pouco, e me jogaram diálogos extensos na cara! Queria pedir que me poupasse dos detalhes, mas se era preciso ouvir, eu assim o fiz. Engoli a seco e nem pude questionar, a cara de espanto não há como esconder, mas a palidez da alma, essa eu soube encostar no canto. Jogar o verde pode ser perigoso se não estiver preparado, ouvem-se coisas sem que o outro saiba que vai provocar tanta instigação. Fui perguntando e ouvindo, ardendo dentro e soprando fora. Tentando encaixar letra por letra do que estava sendo dito com tanta solidez. Talvez a moral de tudo que escutei hoje, seja o fato de que amanhã será a minha vez de falar. E do terceiro escutar.