segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Longínquos

Em fase de abstinência.
A menina anda se cercando de lonjuras. É só não ir, não ver, não crer.
Mas ainda procura por vestígios que, quando encontrados, fazem o coração sair do lugar e perambular o estômago. Ela quer saber, mas sabe que não deve, não pode, não é inteligente ficar se martirizando ao achar provas do que ela temia, tampouco fingir que não vê, só esperando por uma chance de saber se ele realmente vai bem como parece.
Ela sente alívio as vezes. Passa dias sem sequer lembrar. Mas eis que a menina tem recaídas. Se mantém longe, mas as vezes corre pra bem perto daquele sentimento chamado saudade. Ela sabe que a saudade é de um tempo bom, das coisas boas que passou junto dele. E teima em se esquecer dos motivos que a levaram a manter tamanha distância.
Ritualisticamente ela se leva pra longe dos pensamentos benignos, que trapaceiam o coração e volta os pés no chão. Já passou. 

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